Radio Católica On-line

Homens a Luz de Deus.

Aleluia! Tu é abênçoado, e a sua Graça ja estar sendo preparada por Jesus, chegará em uma boa hora, pois ele conhece o teu coração e seus problemas, ele sofre com vc, ele se alegra com vc, mais aquele seu desejo, será agora atendido, espere que um anjo trará sua Graça, apenas agradeça ao Senhor e assim que receber, fale em seu pensamento. AMEM !

2010/09/09

Papa convida sacerdotes a anunciarem Cristo no mundo digital


Por Jesús Colina

CIDADE DO VATICANO, domingo, 24 de janeiro de 2010 (ZENIT.org).- Bento XVI encoraja os sacerdotes a anunciarem Cristo no mundo digital, assegurando a eles que nesse contexto encontram-se como que no limiar de uma "história nova".

É a proposta contida na mensagem para o próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais (16 de maio), apresentada este sábado à imprensa e que tem por tema O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra.

No Ano Sacerdotal agora em curso, o Papa quis escolher este tema para mostrar como a comunicação no mundo digital oferece ao sacerdote “novas possibilidades para exercer o seu serviço à Palavra e da Palavra”.

Falando dos homens e mulheres do mundo digital, o Papa pede aos sacerdotes: “como hão-de acreditar n’Aquele de quem não ouviram falar? E como hão-de ouvir falar, se não houver quem lhes pregue? E como hão-de pregar, se não forem enviados?"

Início de uma história nova

Segundo o bispo de Roma, “o sacerdote acaba por encontrar-se como que no limiar de uma "história nova", porque quanto mais intensas forem as relações criadas pelas modernas tecnologias e mais ampliadas forem as fronteiras pelo mundo digital, tanto mais será chamado o sacerdote a ocupar-se disso pastoralmente, multiplicando o seu empenho em colocar os media ao serviço da Palavra”.

O Papa pede aos presbíteros “a capacidade de estarem presentes no mundo digital em constante fidelidade à mensagem evangélica, para desempenharem o próprio papel de animadores de comunidades, que hoje se exprimem cada vez mais frequentemente através das muitas "vozes" que surgem do mundo digital”.

Em particular, convida-os a “anunciar o Evangelho recorrendo não só aos media tradicionais, mas também ao contributo da nova geração de audiovisuais (fotografia, vídeo, animações, blogues, páginas internet) que representam ocasiões inéditas de diálogo e meios úteis inclusive para a evangelização e a catequese”.

“Através dos meios modernos de comunicação, o sacerdote poderá dar a conhecer a vida da Igreja e ajudar os homens de hoje a descobrirem o rosto de Cristo, conjugando o uso oportuno e competente de tais meios - adquirido já no período de formação - com uma sólida preparação teológica e uma espiritualidade sacerdotal forte, alimentada pelo diálogo contínuo com o Senhor.”

Deus vivo

O sacerdote não é um técnico da comunicação, assinala o Papa, no entanto, “o presbítero deve fazer transparecer o seu coração de consagrado, para dar uma alma não só ao seu serviço pastoral, mas também ao fluxo comunicativo ininterrupto da ‘rede’".

A este propósito, o pontífice propõe “uma pastoral que torne Deus vivo e atual na realidade de hoje e apresente a sabedoria religiosa do passado como riqueza donde haurir para se viver dignamente o tempo presente e construir adequadamente o futuro”.

Daí que “a tarefa de quem opera, como consagrado, nos media é aplanar a estrada para novos encontros, assegurando sempre a qualidade do contacto humano e a atenção às pessoas e às suas verdadeiras necessidades espirituais; oferecendo, às pessoas que vivem nesta nossa era ‘digital’, os sinais necessários para reconhecerem o Senhor”.

A mensagem foi apresentada esse sábado à imprensa pelo arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.

Respondendo às perguntas dos jornalistas, o prelado explicou que com sua mensagem o Papa não quer dizer aos sacerdotes que eles abandonem a paróquia para dedicar todo o tempo à internet.

“Creio muito na pastoral da paróquia –afirmou. Mas creio que se possa fazer uma pastoral paroquial ‘digital’. Uma pessoa que se encontra no âmbito virtual deve ser encontrada depois na comunidade verdadeira, que a acolhe, e com a qual caminha”.

“Acredito que não é apenas uma questão de ter um site. O tema é mais profundo. Nasce no coração. De um coração apaixonado nascem as várias formas de comunicação”, disse.

zenit

Aumenta o número de sacerdotes


Aumentam os católicos no mundo e também o número de sacerdotes e seminaristas, em particular na Ásia e África: é o que atestam os dados do Anuário Pontifício 2010, apresentado na manhã deste sábado ao Papa pelo Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, e pelo Substituto da Secretaria de Estado para os Assuntos Gerais, Dom Fernando Filoni.

Os dados estatísticos, referentes ao ano 2008, fornecem uma análise sintética das principais dinâmicas relacionadas à Igreja Católica nas 2.945 circunscrições eclesiásticas do Planeta. O volume estará proximamente à disposição nas livrarias católicas.

Bento XVI expressou a sua gratidão pelo Anuário que lhe foi oferecido manifestando grande interesse pelos dados ilustrados que mostram um aumento geral dos católicos no mundo: em 2008 foi registrada a cifra de 1 bilhão 166 milhões de fiéis batizados, com um incremento de 19 milhões (+1,7%) em relação ao ano precedente. Também considerando o crescimento da população mundial atingindo a cifra de 6 bilhões e 700 milhões de pessoas, se observa um pequeno aumento percentual da incidência dos católicos no mundo inteiro (de 17,33 para 17,40%).

Registra-se também em aumento o número de bispos no mundo, passado de 4.946 para 5.002 entre 2007 e 2008 (+1,13%). O aumento foi significativo na África (+1,83%) e nas Américas (+1,57%), enquanto na Ásia (+1,09%) e na Europa (0,70%) o crescimento se coloca abaixo da média geral. A Oceânia registra no mesmo período uma taxa de variação de -3%. Porém, tais dinâmicas diferenciadas não causaram substanciais variações na distribuição dos bispos por continente.

Outra evolução positiva, mas moderada (em torno de 1% no período 2000 – 2008) diz respeito ao número de sacerdotes, tanto diocesanos quanto religiosos, aumentado ao longo dos últimos nove anos, tendo passado de 405.178 no ano 2000 para 408.024 em 2007 e para 409.166 em 2008.

A distribuição do clero entre os continentes, em 2008, é caracterizada por uma forte prevalência de sacerdotes europeus (47,1%), os sacerdotes americanos representam 30% do clero mundial; o clero asiático representa 13,2%", o clero africano representa 8,7% e o da Oceânia representa 1,2%.

Entre o ano 2000 e 2008 não variou a incidência relativa dos sacerdotes da Oceânia; por outro lado, cresceu significativamente tanto o clero africano quanto o clero asiático, bem como o clero americano. Já o clero europeu diminuiu significativamente, passando de 51,5 para 47,1%.

Entre as figuras de agentes religiosos que ajudam a atividade pastoral dos bispos e dos sacerdotes, as religiosas professas constituem o grupo de maior peso numérico. Tais religiosas, que no mundo eram 801.185 no ano 2000, diminuem progressivamente, tanto que em 2008 contavam 739.067 (com uma diminuição relativa no período de 7,8%).

Ressalta-se que os grupos mais numerosos de religiosas se encontra na Europa (40,9%) e na América 27,5%) e que as contrações de maior relevo se manifestaram igualmente na Europa (-17,6%) e na América (-12,9%), além da contração registrada na Oceânia (-14,9%); enquanto na África e na Ásia se verificam notáveis aumentos (+21,2% para a África e +16,4% para a Ásia), que contrabalanceiam a referida diminuição, mas não o suficiente para compensá-la.

Em nível global, o número dos candidatos ao sacerdócio aumentou, passando de 115.919 em 2007 para 117.024 em 2008. Ao todo, no biênio houve uma taxa de aumento de cerca de 1%.

Tal variação relativa foi positiva na África (3,6%), na Ásia (4,4%) e na Oceânia (6,5%); já na Europa registrou uma queda de 4,3%. Por sua vez, a América apresenta uma situação quase estacionária.

Em 2009 foram criadas pelo Papa 8 novas sedes episcopais e uma prelazia; uma prelazia foi elevada a diocese e 3 prefeituras a vicariatos apostólicos. Ao todo foram nomeados 169 novos bispos. (RL)

radiovaticana

2010/09/08

Papa conta experiências da sua juventude


Os jovens não buscam só segurança, mas “uma vida maior”

A guerra e as dificuldades, as próprias dúvidas e o encontro com Jesus são algumas das vivências pessoais que o Papa Bento XVI revive na Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude (Madri, 2011), divulgada hoje pela Santa Sé.

Nela, o Papa percorre os anos da sua vocação e propõe sua própria experiência aos jovens, pois as aspirações de um jovem "são as mesmas em todas as épocas" e podem ser resumidas no "desejo de uma vida maior", que não acabe em "mediocridade".

Os jovens, "como em toda época, também em nossos dias", sentem o "profundo desejo de que as relações interpessoais sejam vividas na verdade e na solidariedade".

"Muitos manifestam a aspiração de construir relações autênticas de amizade, de conhecer o verdadeiro amor, de fundar uma família unida, de adquirir uma estabilidade pessoal e uma segurança real, que possam garantir um futuro sereno e feliz."

No entanto - afirma o Papa, recordando sua própria juventude -, "vejo que, na verdade, a estabilidade e a segurança não são as questões que mais ocupam a mente dos jovens".

"Sim, a questão do lugar de trabalho - e, com isso, a de ter o porvir garantido - é um problema grande e urgente, mas ao mesmo tempo a juventude continua sendo a idade na qual se busca uma vida maior."

O Papa recorda sua juventude, que transcorreu entre a 2ª Guerra Mundial e o imediato período pós-guerra.

"Ao pensar nos meus anos de então, simplesmente, não queríamos perder-nos na mediocridade da vida aburguesada. Queríamos o que era grande, novo. Queríamos encontrar a vida em si, em sua imensidade e beleza."

Certamente, reconhece, "isso dependia também da nossa situação. Durante a ditadura nacional-socialista e a guerra, estivemos, por assim dizer, ‘presos' pelo poder dominante. Por isso, queríamos sair, para entrar na abundância das possibilidades de ser homem".

Contudo, afirma, "este impulso de ir além do habitual está em cada geração. Desejar algo mais que a cotidianidade regular de um emprego seguro e sentir o desejo do que é realmente grande faz parte do ser jovem".

"Será que se trata somente de um sonho vazio, que se desvanece quando a pessoa se torna adulta? - pergunta-se. Não. O homem, na verdade, foi criado para o que é grande, para o infinito. Qualquer outra coisa é insuficiente."

Citando um dos seus pensadores favoritos, afirma: "Santo Agostinho tinha razão: nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Deus. O desejo da vida maior é um sinal de que Ele nos criou, de que carregamos o seu selo".

Dúvidas

A juventude, reconhece o Papa em sua mensagem, é também "uma fase fundamental que pode turbar o ânimo, às vezes durante muito tempo. Pensamos em qual será nosso emprego, como serão as relações sociais, que afetos é preciso desenvolver...".

Bento XVI volta novamente aos seus anos juvenis e compartilha com os jovens suas próprias vacilações e dúvidas.

"De certa forma, em pouco tempo tomei consciência de que o Senhor me queria como sacerdote. Mas depois da guerra, quando eu me dirigia a esta meta no seminário e na universidade, tive de reconquistar esta certeza", explica.

"Eu tive de me fazer esta pergunta: realmente é este o meu caminho? É verdadeiramente a vontade do Senhor para mim? Serei capaz de permanecer fiel e estar totalmente à disposição d'Ele, ao seu serviço?"

A decisão do sacerdócio não foi fácil: "Uma decisão assim também causa sofrimento. Não pode ser de outra forma. Mas depois tive a certeza: assim está bem! Sim, o Senhor me quer, e por isso me dará também a força. Escutando-O, estando com Ele, chego a ser eu mesmo. Não importa a realização dos meus próprios desejos, mas a sua vontade. Assim, a vida se torna autêntica".

Encontro com Jesus

Outro dos "tesouros" da sua juventude que o Papa quis compartilhar foi o dom do encontro pessoal com Jesus, uma "pérola preciosa" que, de alguma forma, ele quis transmitir com seus livros sobre Jesus de Nazaré - cujo segundo volume será publicado na próxima Semana Santa.

"Para muitos, é difícil o acesso a Jesus. Muitas das imagens que circulam de Jesus - e que se fazem passar por científicas - diminuem sua grandeza e a singularidade da sua pessoa", afirma o Papa.

Por isso, "ao longo dos meus anos de estudo e meditação, fui amadurecendo a ideia de transmitir em um livro algo do meu encontro pessoal com Jesus, para ajudar de alguma forma a ver, ouvir e tocar o Senhor, em quem Deus veio ao nosso encontro para dar-se a conhecer", acrescenta.

"O encontro com o Filho de Deus proporciona um dinamismo novo a toda a existência. Quando começamos a ter uma relação pessoal com Ele, Cristo nos revela nossa identidade e, com sua amizade, a vida cresce e se realiza em plenitude", afirma o Papa aos jovens.

"Queridos jovens, aprendei a ‘ver', a ‘encontrar' Jesus na Eucaristia, na qual Ele está presente e perto até entregar-se como alimento para o nosso caminho; no sacramento da Penitência, no qual o Senhor manifesta sua misericórdia, oferecendo-nos sempre seu perdão. Reconhecei e servi Jesus também nos pobres e doentes, nos irmãos que estão em dificuldade e precisam de ajuda", conclui.

Fonte: Zenit.org

Brasil deve ter a maior delegação no Congresso Vocacional


Brasil deve ter a maior delegação no Congresso Vocacional Latino-americano.

O secretário do Departamento de Vocações e Ministérios (DEVYM) do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), padre Alexis Rodriguez, aproveitou o espaço do 3º Congresso Vocacional, em Itaici (SP), para falar do mesmo Congresso que acontecerá pela segunda vez em nível latino-americano em Costa Rica. “Queremos que o Brasil tenha uma representação muito numerosa com 30 ou 40 pessoas em nosso Congresso”, disse o secretário, aplaudido pelos congressistas.

O Congresso latino-americano será nos dias 31 de janeiro a 5 de fevereiro de 2011 e a expectativa é de que reúna 400 pessoas. Tem como tema “Mestre, pela tua palavra lançarei as redes” e como lema “Chamados a lançar as redes para alcançar ávida plena em Cristo”.

“O objetivo do Congresso Latino-americano é fortalecer a cultura vocacional para que os batizados assumam seu chamado de ser discípulos missionários de acordo com a realidade da América Latina e Caribe”, explica padre Alexis.

Alexis-CVBSão convidados para o evento de Costa Rica os bispos presidentes das Comissões para as Vocações de cada país da América Latina e Caribe, bem como seus secretários executivos além de dois agentes da pastoral vocacional, um da pastoral da juventude, um da pastoral da educação, um da catequese, um da pastoral familiar, dois da Vida Consagrada, um dos Institutos Seculares, um diácono permanente, um da Organização dos Seminários e Institutos Teológicos e Filosóficos do Brasil (OSIB). Para o Brasil, haverá, ainda, uma vaga para cada um dos 17 Regionais da CNBB.

Padre Alexis explicou o cartaz do Congresso que traz o mapa da América Latina e Caribe. Ele chamou a atenção para os detalhes da cor verde, para a cruz e para a base do desenho. Segundo explicou, o verde é para lembrar que a América Latina é o continente da esperança e do amor. Já a cruz, segundo padre Alexis, é aberta em sua base para que “somos chamados a completar a obra de Jesus”. O mapa tem, em sua base, o formato de um pé. “Isso significa que todos temos que nos colocar a caminho”, disse o secretário do DEVYM.

Fonte: CNBB.org.br

Celebração de envio encerra o 3º Congresso Vocacional


O entusiasmo e a alegria marcaram o encerramento do 3º Congresso Vocacional do Brasil, realizado pela CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada. O encontro começou na sexta-feira, 3, na Casa de Retiros Vila Kostka, em Itaci, município de Indaiatuba (SP).

“Pudemos experimentar de novo como Deus vem ao encontro de cada um de nós. Se somos amados, se a medida de Deus é transbordante com cada um de nós, como não corresponder a este amor?”, disse o presidente do Congresso, dom Leonardo Ulrich Steiner na cerimônia de envio que marcou o encerramento do evento.

“Partimos daqui rendendo graças por que fomos cumulados da graça de Deus. Quando cada um de nós se sentir um discípulo missionário a serviço das vocações estamos enriquecendo nossa igreja da presença do crucificado-ressuscitado”, acrescentou o bispo. “Onde há transparência da bondade do amor de Deus não faltam vocações. Neste tempo de luzes e sombras, talvez falte a percepção de como somos amados”,

Participaram do Congresso 386 animadores vocacionais, sendo 75 leigos e leigas, 122 religiosas, 2 freis, 12 diáconos, 159 padres e 16 bispos. Os congressistas aprovaram, na manhã de hoje, um documento que será divulgado brevemente pela Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB.

O documento tem uma estrutura simples e faz uma síntese das três conferências feitas pelos assessores, além de sugestões dos congressistas para o Serviço de Animação Vocacional e Pastoral Vocacional (SAV/PAV).

Fonte: CNBB.org.br

A Santa Missa



As duas partes que constituem, de algum modo, a Missa, isto é, a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística, estão tão intimamente ligadas entre si, formando um só ato de culto. Ninguém deve aproximar-se da mesa do Pão do Senhor, senão depois de ter estado presente à mesa da Sua Palavra. É da máxima importância, pois, a Sagrada Escritura na celebração da Santa Missa.

A leitura da perícope evangélica é reservada ao ministro ordenado, ou seja, ao diácono ou ao sacerdote. As outras leituras, quando for possível, sejam confiadas a quem tenha recebido o ministério de leitor ou a outros leigos, preparados espiritual e tecnicamente. À primeira leitura segue-se um Salmo responsorial, que faz parte integrante da Liturgia da Palavra.

A homilia tem por fim explicar aos fiéis a Palavra de Deus, proclamada nas leituras, e atualizar a mensagem dela. Compete, portanto, ao sacerdote ou ao diácono fazê-la [homilia].

A proclamação da Oração Eucarística que, por sua natureza, é como que o ponto culminante de toda a celebração, é reservada ao sacerdote, em virtude de sua ordenação. É um abuso, portanto, deixar que algumas partes da referida oração sejam ditas pelo diácono ou por um ministro inferior ou pelos simples fiéis. No entanto, a assembleia não fica passiva e inerte: une-se ao sacerdote na fé e no silêncio e manifesta a sua adesão com as várias intervenções previstas no desenrolar da

Oração Eucarística: as respostas ao diálogo do prefácio, o Sanctus, a aclamação depois da consagração e o Amém final, depois do “Por Cristo”, que também é reservado ao sacerdote. Este Amém final, em particular, deveria ser valorizado com o canto, porque é o Amém mais importante de toda a Missa.

Modificar as Orações Eucarísticas aprovadas pela Igreja ou adotar outras diversas, de composição privada, é abuso gravíssimo.

A comunhão Eucarística é um dom do Senhor, que é dado aos fiéis por intermédio do ministro deputado para isso. Não se admite que os fiéis, por intermédio do ministro deputado para isso. Não se admite que os fiéis tomem eles próprios o Pão Consagrado e o Cálice Sagrado, e muito menos se admite que os fiéis os passem uns aos outros.

O fiel religioso ou leigo, que está devidamente autorizado como ministro extraordinário da Eucaristia, poderá distribuir a Comunhão somente quando faltarem o sacerdote, ou diácono ou o acólito, ou quando o sacerdote estiver impedido por motivo de enfermidade ou por causa da idade avançada, ou quando o número de fiéis que se aproximam da Comunhão for tão grande que faça demorar excessivamente a celebração da Santa Missa.

Recomenda-se aos fiéis que não se descuidem, depois da Comunhão, de uma justa e indispensável ação de graças, quer na própria celebração – com alguns momentos de silêncio e um hino, ou um salmo, ou ainda um outro cântico de louvor – quer terminada a Celebração Eucarística, permanecendo possivelmente em oração durante um conveniente espaço de tempo.

Veja também: Música e Liturgia

(Artigo extraído do livro "Os sete sacramentos", Prof. Felipe Aquino)



Recomendações utéis aos fiéis
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor FelipeSite do autor: www.cleofas.com.br

Sua casa será visitada pelos anjos


Acredite: sua casa será visitada pelos anjos. Mais ainda: o anjo da guarda estará muito presente. Você não estará sozinho. Muitas vezes estragamos tudo porque queremos fazer as coisas por nós mesmos. É preciso que aconteça radicalmente o contrário.

Ore, peça, interceda e tenha certeza de que o próprio Senhor vai fazer com que o anjo da guarda de cada pessoa da sua família entre em ação para trazer a paz, a concórdia, a libertação e a saúde de que precisam.

Quanto à educação de seus filhos, confie-os ao anjo da guarda de cada um deles; peça a esse ser celeste que lhe dê sabedoria para educá-los, e ele irá derramá-la em sua mente e em seu coração. E também vai corrigi-lo em coisas que você não deve fazer. Se você ouvir e obedecer, obterá a sabedoria de que precisa para educá-los.

Deus abençoe você!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Orar em tempos difíceis




Ó Deus criador do céu e da terra, que nos destes a vida, o ar, a água, o sol, o chão e nos fizestes a sua imagem e semelhança, diante de Ti Criador e Pai, venho prostrar-me humildemente e dizer: sou Teu filho criado para crescer, povoar e aperfeiçoar a terra, peço perdão porque até hoje só soube usufruir dos bens que me destes.

A terra está seca, as plantas estão murchando, o ar está poluído, a água está contaminada. Senhor tudo está mudado. Já não existem mais as estações climáticas. Não sei como resistir ao calor e ao frio. Não sei quando virá a chuva abundante.

Tudo ao nosso redor parece caminhar para a destruição. O meu desejo seria começar tudo de novo, mas é impossível. Neste instante Te peço que envie a água da vida, para restaurar a natureza e o meu coração de pedra. Lembro Senhor do que dissestes: "Tu serás feliz se obedeceres aos meus mandamentos!"

Senhor, perdão pela minha desobediência, pela minha falta de amor à natureza tão abundante e fértil. Sei que tudo foi criado por amor, também eu. Porém ainda não aprendi a amar, nem a mim, quanto mais às coisas que criastes. Sei que ainda estou longe da Tua vontade, do Teu projeto de vida.

Senhor, sinto que os meus amigos, meus companheiros de caminhada estão tomando outros caminhos. Muitas vezes me vejo sozinho e me vem o desânimo, a vontade de dizer: está tudo perdido. Muitas vezes sinto-me impotente diante dos problemas que se avolumam a cada dia. Tenho a impressão de que a vida não vale nada.

A natureza morre, as coisas morrem, os homens matam-se, tudo parece falar de destruição. Esses sentimentos invadem frequentemente a minha alma.

Restaura Senhor, o valor da vida no meu coração e daqueles que comigo caminham. Senhor, venho humildemente Te pedir, tire esta visão negativa do meu coração, a faste para longe o pessimismo e faça com que eu seja mais corajoso.

Ajuda-me a superar a mim mesmo e aos meus limites humanos e assim olhar o mundo como Tu o vê. Ilumina Senhor, com Teu Espírito a minha mente e o meu coração a fim de que eu possa ser um sinal concreto do teu amor. Dá-me Senhor o entusiasmo para ir além dos obstáculos e dificuldades que me rodeiam.

Aumentai a minha fé, a fim de transpor as montanhas da destruição da vida, principalmente de milhares de jovens que sem sentido buscam a felicidade sem limites. Quero ser um instrumento de amor e de esperança, para dar um novo sabor à vida, quero ser luz para iluminar as trevas da morte, quero ser cada vez mais seu filho para ser digno de chamar-te de meu Pai.

Senhor, nestes tempos difíceis, peço-lhe ainda o dom do discernimento para poder escolher sob a Tua luz, os candidatos aos cargos públicos, como dirigentes de nosso país. Às vezes penso que poucos são dign os de confiança, porém preciso escolher, não posso furtar-me desta oportunidade de exercer a minha responsabilidade como cidadão brasileiro.

Senhor, nas vésperas de celebrar o dia da pátria, o Dia da Independência, olhai com amor paterno todos os teus filhos e filhas espalhados nos mais recônditos lugares deste país continental.

O Brasil nasceu aos pés da Tua cruz. Firmai o meu passo e o de todos nós brasileiros, como discípulos que queremos ser, seguindo-te como Caminho, Verdade e Vida. Ó Maria Mãe Aparecida, Rainha e Padroeira desta Pátria amada, ajudai-nos a "fazer tudo o que Teu filho disser", neste tempo e momento difíceis que vivemos. Amém.

Dom Anuar Battisti

Mês da bíblia


Iniciamos o mês de setembro, temático mês da Bíblia, que neste ano sugere para a reflexão nacional o livro de Jonas e nos recorda o envio de todos nós para evangelizar a grande cidade. No próximo dia 30, celebraremos a memória de São Jerônimo, presbítero e Doutor da Igreja, que teve o grande mérito de produzir uma tradução das línguas originais da Bíblia para o latim, a assim chamada Vulgata. São Jerônimo assim o fez para popularizar o texto da Escritura Sagrada. Isso possibilitou, sem dúvida, outras traduções e mais facilidade para o seu estudo e aprofundamento.

Por essa razão, a Igreja deseja, neste mês, recordar a importância da Bíblia, Palavra de Deus revelada, que é um dos textos mais importantes do mundo humanamente falando e, para nós cristãos, é a luz que conduz nossos passos. Suas inúmeras traduções para os mais diversos idiomas e dialetos são enormes. A sua difusão e estudo nos mais diversos países e culturas demonstra a sua força de comunicação.

Para nós, católicos apostólicos romanos, Cristo é o Verbo, a Palavra de Deus que se fez carne e veio habitar entre nós. A Sagrada Escritura e a Tradição nos fazem uma promessa de vida humanizada na pessoa de Jesus. Precisamos desta Palavra de Salvação, pois não podemos viver plenamente sem conhecer verdadeiramente a Deus.

A Bíblia é a revelação de Deus numa linguagem humana e compreensível para todos, através de séculos. Muito embora tenha sido escrita durante longos períodos não contínuos ela apresenta-se como uma unidade perfeita. E também entre seus diversos autores, mesmo que não tenham se conhecido, existe uma harmonia e coerência iluminadas pelo Espírito Santo, o autor principal da Bíblia.

Ela contém diversas formas literárias, história, biografias, poemas, provérbios, frases, cartas, leis, instruções e outras inúmeras manifestações literárias do ser humano. Escreveram com a cultura humana, porém inspirados por Deus.

Devemos nos perguntar sobre a importância da leitura e do estudo da Bíblia hoje. Ela nos traz respostas para inúmeras perguntas que o ser humano se faz, como: qual o sentido da vida? Como faço para alcançar a felicidade? Por que é tão difícil ser bom? Por que há tanto mal no mundo? Ela nos traz a história da nossa salvação!

Em suas páginas e livros encontramos os caminhos para as respostas a todas essas indagações, que são absolutamente naturais em nossa vida. Em suas páginas podemos encontrar essa fidelidade do Senhor, que nos traz alívio para o inconstante da vida hodierna, a futilidade que querem impor na vida do ser humano.

É essencial que saibamos, pois, reconhecer a vontade de Deus sobre nossa existência. A proposta do texto sagrado e interpretado pelo magistério da Igreja é justamente essa: explicitar a vontade Deus sobre o homem.

O Concílio Ecumênico Vaticano II indica-nos alguns critérios sempre válidos para uma interpretação da Sagrada Escritura conforme o Espírito que a inspirou. Antes de tudo é preciso prestar grande atenção ao conteúdo e à unidade de toda a Escritura, pois, por muito diferentes que sejam os livros que a compõem, a Sagrada Escritura é una em virtude da unidade do desígnio de Deus, do qual Cristo Jesus é o centro e o coração (cf. Lc 24, 25-27; Lc 24, 44-46). É também necessário ler a Escritura no contexto da tradição viva de toda a Igreja. Segundo Orígenes, "a Sagrada Escritura é escrita no coração da Igreja antes do que em instrumentos materiais". De fato, a Igreja leva na sua Tradição a memória viva da Palavra de Deus, e é o Espírito Santo que lhe dá a interpretação da mesma segundo o sentido espiritual (cf. Orígenes, Homiliae in Leviticum, 5, 5). Ainda mais um critério: é necessário prestar atenção à analogia da fé, ou seja, à unidade de cada uma das verdades da fé entre elas e com o plano integral da Revelação e a plenitude da divina economia nele encerrada.

Existe uma unidade inseparável entre Sagrada Escritura e Tradição, porque ambas provêm de uma mesma fonte: A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura relacionam-se e comunicam-se intimamente entre si; porque, surgindo ambas da mesma fonte, de certo modo se fundem e tendem para o mesmo fim. Com efeito, a Sagrada Escritura contém a Palavra de Deus enquanto consignada por escrito sob a inspiração do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por seu lado, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a Palavra de Deus, confiada aos Apóstolos por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo, para que, com a luz do Espírito da Verdade, a guardem, exponham e difundam fielmente na sua pregação, donde se segue que a Igreja não tira somente de um livro a certeza de todas as coisas reveladas. Por isso, se devem receber e venerar ambas com igual afeto de piedade e reverência (cfr. Dei Verbum, 9).

Devemos deixar evidente e claro que é no contexto eclesial onde se permite que a Sagrada Escritura seja compreendida como autêntica Palavra de Deus, que se torna guia, norma e regra para a vida da Igreja e o crescimento espiritual dos fiéis batizados.

Convido a todos para que o centro de nossa adesão à Trindade passe pela valorização da “lectio divina”, aqui no Brasil chamada de “leitura orante” da Sagrada Escritura. Devemos, primeiro, ouvi-la. Mas ouvir não basta, é preciso meditar, isto é, assimilar. Encontraremos muitas dificuldades, mas rezem para compreender, como exorta Santo Agostinho (De Doctr. christ. 3, 56; em: PL, 34, 89), porque, procurando o auxílio dos exegetas, guiados pela Igreja Católica, as dificuldades tornar-se-ão estímulo para uma compreensão maior, levando, posteriormente, a uma união mais íntima com a Palavra de Deus.

Ao redor do feriado passado todos os grupos dos círculos bíblicos se reuniram por vicariato para se animarem a continuar buscando nessa fonte o alimento e inspiração para serem discípulos missionários! Que o mês da Bíblia nos ensine a rezar e meditar bem a Palavra Revelada de Deus, e consequentemente, à luz do Espírito Santo, colocá-la em prática!

Dom Orani João Tempesta

Amor e Perdão


As duas palavras do título, amor e perdão, estão envolvidas com o termo “misericórdia”, que ultrapassa os limites dos seres humanos. Quem ama consegue perdoar e mudar nas suas atitudes de vida, na forma de acolher e conviver com as pessoas de sua relação.

Não é fácil uma história marcada por incompreensões, gestos de escravidão, sem liberdade e vazio de solidariedade. Só o amor e o perdão serão capazes de criar formas novas e saudáveis na convivência, dando sentido e perspectivas de esperança para uma comunidade.

O termo “conversão” ocasiona um coração novo e recria valores capazes para superar todo tipo de egoísmo e de fechamento individualista. Não consegue viver bem quem não enxerga os comportamentos misericordiosos de perdão e as virtudes de vida e amor nos outros.

Estar em comunhão com as pessoas é um fato louvável de superação dos limites da própria individualidade. Apesar do nosso próprio jeito de ser, somos seres sociais e abertos para relacionamentos fraternos para ajudar na convivência.

A incapacidade para perdoar e amar é fonte de incompreensões e tristeza. Isto revela mesquinhez do amor humano e um coração totalmente abafado pelo egoísmo e fechado para a ação do Espírito misericordioso. É total prática insensibilidade para com a graça de Deus.

Corremos o risco da busca de uma falsa felicidade, caindo no vazio e na perda de dignidade. É idolatrar coisas falsas, bens de consumo e desprezar o que é mais fundamental e gerador de verdadeira felicidade, que passa pelo perdão e pelo amor.

Nem sempre merecemos o perdão de Deus, mas experimentamos a sua bondade quando temos um coração arrependido e aberto para Ele e para o irmão. Longe de Deus não existe verdadeira alegria, porque isto significa estar longe de nós mesmos.

Na visão cristã, o amor é mais forte do que a morte. Por isto falamos da festa do perdão e da misericórdia, termos pouco levados em conta pela nova cultura. Só assim podemos partilhar uma mesma esperança de dias melhores e menos violentos.

Dom Paulo Mendes Peixoto

O valor da Bíblia em nossa vida


As vozes dos bispos em Aparecida assim nos dizem: “Encontramos Jesus na Sagrada Escritura, lida na Igreja. A Sagrada Escritura, “Palavra de Deus escrita por inspiração do Espírito Santo”140, é, com a Tradição, fonte de vida para a Igreja e alma de sua ação evangelizadora. Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Daí o convite de Bento XVI: “Ao iniciar a nova etapa que a Igreja missionária da América Latina e do Caribe se dispõe a empreender, a partir desta V Conferência em Aparecida, é condição indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus, Por isto, é necessário educar o povo na leitura e na meditação da palavra: que ela se converta em seu alimento para que, por experiência própria, vejam que as palavras de Jesus são espírito e vida (cf. Jo 6,63). Do contrário, como vão anunciar uma mensagem cujo conteúdo e espírito não conhecem profundamente? É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda nossa vida na rocha da Palavra de Deus” (Aparecida, 247).

A Bíblia não é um livro, mas sim uma biblioteca. A Biblioteca mais importante do mundo. Uma biblioteca que contém 73 livros, dos quais 46 são do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Os assuntos de cada livro não se referem à história, à ciência, à filosofia... mas cada livro, enquanto redigido sob a moção do Espírito Santo, é uma mensagem viva de Deus Pai para nós seus filhos muito amados. Tudo ali tem sentido para a nossa vida no contexto histórico, social e religioso em que vivemos. Por isso, quando nos colocamos diante de um texto bíblico tenhamos atitudes de muito amor e reverência. É Deus que nos está falando. E sua Palavra é eterna, ela permanece para sempre. Ela é, conforme o Salmo 118,105, “um facho de luz iluminando nosso caminho”.

A Palavra da Bíblia, que é “força de Deus para a salvação de todos os que crêem, manifesta seu vigor de modo eminente nos escritos do Novo Testamento” (DV 17). “Estes escritos nos fornecem a verdade definitiva da Revelação divina. Seu objeto central é Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado, seus atos, ensinamentos, paixão e glorificação, assim como os inícios de sua Igreja sob a ação do Espírito Santo” (DV 20).

Não existe nenhuma doutrina que seja melhor, mais preciosa e mais esplêndida que o texto do Evangelho. Aí contemplamos o que o nosso Mestre, Cristo Jesus, ensinou com suas palavras e realizou com seus atos (Cf. Catch. R. 127).

“Os Evangelhos são o coração de todas as Escrituras, ‘uma vez que constituem o principal testemunho da vida e da doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador’ (Catch. R. 125). Daí, a importância de o conhecermos através da leitura assídua e meditação destes textos sagrados que estão à nossa disposição para nosso enriquecimento espiritual. Aliás, “a leitura da Sagrada Escritura, como também a oração da Liturgia das Horas e do Pai-Nosso e todo ato sincero de culto ou de piedade, reaviva em nós o espírito de conversão e de penitência e contribui para o perdão dos pecados” (Catch. R., 1437), motivando-nos para um engajamento na comunidade eclesial, concretamente falando, na comunidade paroquial.

Constantemente, por diversos meios, a Igreja nos exorta a todos, fiéis cristãos, a que, pela freqüente leitura das divinas Escrituras, aprendamos “a eminente ciência de Jesus Cristo” contida, particularmente, nos santos Evangelhos (Cf. Catch. R. 133). Segundo a Dei Verbum, nº 25, lembremo-nos, de que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada pela oração, pois, dessa forma se realiza em nosso interior um verdadeiro diálogo de Deus conosco, pois “a Ele falamos quando rezamos; a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos" (S. Agostinho). Portanto, assim como reservamos tempo para nos alimentar, dormir, trabalhar, estudar, assim também reservemos um tempo, que será precioso, para a leitura e meditação da Palavra de Deus na Bíblia. Que o mês de setembro, dedicado especialmente à Bíblia Sagrada, incentive-nos a cultivar o bom e santo hábito de lermos e meditarmos os textos bíblicos todos os dias.

Citando o documento Dei Verbum, o Catecismo da Igreja nos diz que o poder e a eficácia da Palavra de Deus é tão grande que ela constitui sustentáculo e vigor para nossa Igreja, e, para nós, seus filhos; na medida em que a lemos e a acolhemos como fez Maria, a Mãe de Jesus, a Palavra se torna firmeza da fé, alimento da alma, pura e perene fonte da vida espiritual e nos incentiva a nos comprometermos profunda e concretamente com o Reino de Deus.

Que em cada momento reservado para esse exercício espiritual, possamos contar com a ajuda de Nossa Senhora, que tão bem soube acolher e vivenciar a Palavra de Deus em sua vida. Na verdade, ela gestou o Verbo de Deus em seu ventre virginal e nos proporcionou a graça de o termos entre nós como um de nós, para que assim nos tornássemos como ele, verdadeiros filhos de Deus.

Amados irmãos e irmãs, o meu desejo é que todos possamos manusear mais e melhor a Bíblia Sagrada para nosso crescimento espiritual e para uma vida católica mais comprometida. Iluminados pela Palavra sigamos nosso caminho de discípulos missionários para que o mundo creia e tenha vida.

Deus abençoe a todos.

Dom Celso Antônio Marchiori

Bento XVI escreve mensagem para a Jornada Mundial da Juventude


Na manhã desta sexta-feira, 3, a Sala de Imprensa da Santa Sé publicou a mensagem do papa Bento XVI para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá em Madri, entre os dias 6 e 21 de agosto do próximo ano. O tema da jornada mundial é "Arraigados e edificados em Cristo, firmes na fé".

“Gostaria que todos os jovens tanto os que partilham a nossa fé em Jesus Cristo quanto os que hesitam, estão em dúvidas ou não acreditam Nele, a viverem esta experiência que pode ser decisiva para a vida: a experiência do Senhor Jesus ressuscitado e vivo e de seu amor por cada um de nós", frisa o papa na mensagem.

No texto, o pontífice faz um convite aos jovens para este importante evento para a Igreja na Europa e toda a Igreja Católica no mundo. "Muitos manifestam o desejo de construir relações autênticas de amizade, de conhecer o verdadeiro amor, fundar uma família unida, atingir uma estabilidade pessoal e uma real segurança que possa garantir um futuro sereno e feliz", disse em outro trecho da mensagem.

O evento, para Bento XVI, é um ponto de referência para a juventude da atualidade. Ele diz que muitos jovens não têm uma referência e por isso são “inseguros”. "Vocês são o futuro da sociedade e da Igreja. É fundamental ter raízes, bases sólidas [...]”, sublinhou Bento XVI.

O pontífice encerra a mensagem ressaltando os jovens têm o direito de receber das gerações passadas pontos firmes de referência a fim de que possam fazer escolhas e construir a própria vida, como uma planta jovem que precisa de uma sólida base para que cresçam suas raízes, e se tornar no futuro, uma árvore robusta, capaz de dar fruto.

Leia a íntegra da mensagem em espanhol

Fonte: CNBB

2010/09/09

Papa convida sacerdotes a anunciarem Cristo no mundo digital


Por Jesús Colina

CIDADE DO VATICANO, domingo, 24 de janeiro de 2010 (ZENIT.org).- Bento XVI encoraja os sacerdotes a anunciarem Cristo no mundo digital, assegurando a eles que nesse contexto encontram-se como que no limiar de uma "história nova".

É a proposta contida na mensagem para o próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais (16 de maio), apresentada este sábado à imprensa e que tem por tema O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra.

No Ano Sacerdotal agora em curso, o Papa quis escolher este tema para mostrar como a comunicação no mundo digital oferece ao sacerdote “novas possibilidades para exercer o seu serviço à Palavra e da Palavra”.

Falando dos homens e mulheres do mundo digital, o Papa pede aos sacerdotes: “como hão-de acreditar n’Aquele de quem não ouviram falar? E como hão-de ouvir falar, se não houver quem lhes pregue? E como hão-de pregar, se não forem enviados?"

Início de uma história nova

Segundo o bispo de Roma, “o sacerdote acaba por encontrar-se como que no limiar de uma "história nova", porque quanto mais intensas forem as relações criadas pelas modernas tecnologias e mais ampliadas forem as fronteiras pelo mundo digital, tanto mais será chamado o sacerdote a ocupar-se disso pastoralmente, multiplicando o seu empenho em colocar os media ao serviço da Palavra”.

O Papa pede aos presbíteros “a capacidade de estarem presentes no mundo digital em constante fidelidade à mensagem evangélica, para desempenharem o próprio papel de animadores de comunidades, que hoje se exprimem cada vez mais frequentemente através das muitas "vozes" que surgem do mundo digital”.

Em particular, convida-os a “anunciar o Evangelho recorrendo não só aos media tradicionais, mas também ao contributo da nova geração de audiovisuais (fotografia, vídeo, animações, blogues, páginas internet) que representam ocasiões inéditas de diálogo e meios úteis inclusive para a evangelização e a catequese”.

“Através dos meios modernos de comunicação, o sacerdote poderá dar a conhecer a vida da Igreja e ajudar os homens de hoje a descobrirem o rosto de Cristo, conjugando o uso oportuno e competente de tais meios - adquirido já no período de formação - com uma sólida preparação teológica e uma espiritualidade sacerdotal forte, alimentada pelo diálogo contínuo com o Senhor.”

Deus vivo

O sacerdote não é um técnico da comunicação, assinala o Papa, no entanto, “o presbítero deve fazer transparecer o seu coração de consagrado, para dar uma alma não só ao seu serviço pastoral, mas também ao fluxo comunicativo ininterrupto da ‘rede’".

A este propósito, o pontífice propõe “uma pastoral que torne Deus vivo e atual na realidade de hoje e apresente a sabedoria religiosa do passado como riqueza donde haurir para se viver dignamente o tempo presente e construir adequadamente o futuro”.

Daí que “a tarefa de quem opera, como consagrado, nos media é aplanar a estrada para novos encontros, assegurando sempre a qualidade do contacto humano e a atenção às pessoas e às suas verdadeiras necessidades espirituais; oferecendo, às pessoas que vivem nesta nossa era ‘digital’, os sinais necessários para reconhecerem o Senhor”.

A mensagem foi apresentada esse sábado à imprensa pelo arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.

Respondendo às perguntas dos jornalistas, o prelado explicou que com sua mensagem o Papa não quer dizer aos sacerdotes que eles abandonem a paróquia para dedicar todo o tempo à internet.

“Creio muito na pastoral da paróquia –afirmou. Mas creio que se possa fazer uma pastoral paroquial ‘digital’. Uma pessoa que se encontra no âmbito virtual deve ser encontrada depois na comunidade verdadeira, que a acolhe, e com a qual caminha”.

“Acredito que não é apenas uma questão de ter um site. O tema é mais profundo. Nasce no coração. De um coração apaixonado nascem as várias formas de comunicação”, disse.

zenit

Aumenta o número de sacerdotes


Aumentam os católicos no mundo e também o número de sacerdotes e seminaristas, em particular na Ásia e África: é o que atestam os dados do Anuário Pontifício 2010, apresentado na manhã deste sábado ao Papa pelo Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, e pelo Substituto da Secretaria de Estado para os Assuntos Gerais, Dom Fernando Filoni.

Os dados estatísticos, referentes ao ano 2008, fornecem uma análise sintética das principais dinâmicas relacionadas à Igreja Católica nas 2.945 circunscrições eclesiásticas do Planeta. O volume estará proximamente à disposição nas livrarias católicas.

Bento XVI expressou a sua gratidão pelo Anuário que lhe foi oferecido manifestando grande interesse pelos dados ilustrados que mostram um aumento geral dos católicos no mundo: em 2008 foi registrada a cifra de 1 bilhão 166 milhões de fiéis batizados, com um incremento de 19 milhões (+1,7%) em relação ao ano precedente. Também considerando o crescimento da população mundial atingindo a cifra de 6 bilhões e 700 milhões de pessoas, se observa um pequeno aumento percentual da incidência dos católicos no mundo inteiro (de 17,33 para 17,40%).

Registra-se também em aumento o número de bispos no mundo, passado de 4.946 para 5.002 entre 2007 e 2008 (+1,13%). O aumento foi significativo na África (+1,83%) e nas Américas (+1,57%), enquanto na Ásia (+1,09%) e na Europa (0,70%) o crescimento se coloca abaixo da média geral. A Oceânia registra no mesmo período uma taxa de variação de -3%. Porém, tais dinâmicas diferenciadas não causaram substanciais variações na distribuição dos bispos por continente.

Outra evolução positiva, mas moderada (em torno de 1% no período 2000 – 2008) diz respeito ao número de sacerdotes, tanto diocesanos quanto religiosos, aumentado ao longo dos últimos nove anos, tendo passado de 405.178 no ano 2000 para 408.024 em 2007 e para 409.166 em 2008.

A distribuição do clero entre os continentes, em 2008, é caracterizada por uma forte prevalência de sacerdotes europeus (47,1%), os sacerdotes americanos representam 30% do clero mundial; o clero asiático representa 13,2%", o clero africano representa 8,7% e o da Oceânia representa 1,2%.

Entre o ano 2000 e 2008 não variou a incidência relativa dos sacerdotes da Oceânia; por outro lado, cresceu significativamente tanto o clero africano quanto o clero asiático, bem como o clero americano. Já o clero europeu diminuiu significativamente, passando de 51,5 para 47,1%.

Entre as figuras de agentes religiosos que ajudam a atividade pastoral dos bispos e dos sacerdotes, as religiosas professas constituem o grupo de maior peso numérico. Tais religiosas, que no mundo eram 801.185 no ano 2000, diminuem progressivamente, tanto que em 2008 contavam 739.067 (com uma diminuição relativa no período de 7,8%).

Ressalta-se que os grupos mais numerosos de religiosas se encontra na Europa (40,9%) e na América 27,5%) e que as contrações de maior relevo se manifestaram igualmente na Europa (-17,6%) e na América (-12,9%), além da contração registrada na Oceânia (-14,9%); enquanto na África e na Ásia se verificam notáveis aumentos (+21,2% para a África e +16,4% para a Ásia), que contrabalanceiam a referida diminuição, mas não o suficiente para compensá-la.

Em nível global, o número dos candidatos ao sacerdócio aumentou, passando de 115.919 em 2007 para 117.024 em 2008. Ao todo, no biênio houve uma taxa de aumento de cerca de 1%.

Tal variação relativa foi positiva na África (3,6%), na Ásia (4,4%) e na Oceânia (6,5%); já na Europa registrou uma queda de 4,3%. Por sua vez, a América apresenta uma situação quase estacionária.

Em 2009 foram criadas pelo Papa 8 novas sedes episcopais e uma prelazia; uma prelazia foi elevada a diocese e 3 prefeituras a vicariatos apostólicos. Ao todo foram nomeados 169 novos bispos. (RL)

radiovaticana

2010/09/08

Papa conta experiências da sua juventude


Os jovens não buscam só segurança, mas “uma vida maior”

A guerra e as dificuldades, as próprias dúvidas e o encontro com Jesus são algumas das vivências pessoais que o Papa Bento XVI revive na Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude (Madri, 2011), divulgada hoje pela Santa Sé.

Nela, o Papa percorre os anos da sua vocação e propõe sua própria experiência aos jovens, pois as aspirações de um jovem "são as mesmas em todas as épocas" e podem ser resumidas no "desejo de uma vida maior", que não acabe em "mediocridade".

Os jovens, "como em toda época, também em nossos dias", sentem o "profundo desejo de que as relações interpessoais sejam vividas na verdade e na solidariedade".

"Muitos manifestam a aspiração de construir relações autênticas de amizade, de conhecer o verdadeiro amor, de fundar uma família unida, de adquirir uma estabilidade pessoal e uma segurança real, que possam garantir um futuro sereno e feliz."

No entanto - afirma o Papa, recordando sua própria juventude -, "vejo que, na verdade, a estabilidade e a segurança não são as questões que mais ocupam a mente dos jovens".

"Sim, a questão do lugar de trabalho - e, com isso, a de ter o porvir garantido - é um problema grande e urgente, mas ao mesmo tempo a juventude continua sendo a idade na qual se busca uma vida maior."

O Papa recorda sua juventude, que transcorreu entre a 2ª Guerra Mundial e o imediato período pós-guerra.

"Ao pensar nos meus anos de então, simplesmente, não queríamos perder-nos na mediocridade da vida aburguesada. Queríamos o que era grande, novo. Queríamos encontrar a vida em si, em sua imensidade e beleza."

Certamente, reconhece, "isso dependia também da nossa situação. Durante a ditadura nacional-socialista e a guerra, estivemos, por assim dizer, ‘presos' pelo poder dominante. Por isso, queríamos sair, para entrar na abundância das possibilidades de ser homem".

Contudo, afirma, "este impulso de ir além do habitual está em cada geração. Desejar algo mais que a cotidianidade regular de um emprego seguro e sentir o desejo do que é realmente grande faz parte do ser jovem".

"Será que se trata somente de um sonho vazio, que se desvanece quando a pessoa se torna adulta? - pergunta-se. Não. O homem, na verdade, foi criado para o que é grande, para o infinito. Qualquer outra coisa é insuficiente."

Citando um dos seus pensadores favoritos, afirma: "Santo Agostinho tinha razão: nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Deus. O desejo da vida maior é um sinal de que Ele nos criou, de que carregamos o seu selo".

Dúvidas

A juventude, reconhece o Papa em sua mensagem, é também "uma fase fundamental que pode turbar o ânimo, às vezes durante muito tempo. Pensamos em qual será nosso emprego, como serão as relações sociais, que afetos é preciso desenvolver...".

Bento XVI volta novamente aos seus anos juvenis e compartilha com os jovens suas próprias vacilações e dúvidas.

"De certa forma, em pouco tempo tomei consciência de que o Senhor me queria como sacerdote. Mas depois da guerra, quando eu me dirigia a esta meta no seminário e na universidade, tive de reconquistar esta certeza", explica.

"Eu tive de me fazer esta pergunta: realmente é este o meu caminho? É verdadeiramente a vontade do Senhor para mim? Serei capaz de permanecer fiel e estar totalmente à disposição d'Ele, ao seu serviço?"

A decisão do sacerdócio não foi fácil: "Uma decisão assim também causa sofrimento. Não pode ser de outra forma. Mas depois tive a certeza: assim está bem! Sim, o Senhor me quer, e por isso me dará também a força. Escutando-O, estando com Ele, chego a ser eu mesmo. Não importa a realização dos meus próprios desejos, mas a sua vontade. Assim, a vida se torna autêntica".

Encontro com Jesus

Outro dos "tesouros" da sua juventude que o Papa quis compartilhar foi o dom do encontro pessoal com Jesus, uma "pérola preciosa" que, de alguma forma, ele quis transmitir com seus livros sobre Jesus de Nazaré - cujo segundo volume será publicado na próxima Semana Santa.

"Para muitos, é difícil o acesso a Jesus. Muitas das imagens que circulam de Jesus - e que se fazem passar por científicas - diminuem sua grandeza e a singularidade da sua pessoa", afirma o Papa.

Por isso, "ao longo dos meus anos de estudo e meditação, fui amadurecendo a ideia de transmitir em um livro algo do meu encontro pessoal com Jesus, para ajudar de alguma forma a ver, ouvir e tocar o Senhor, em quem Deus veio ao nosso encontro para dar-se a conhecer", acrescenta.

"O encontro com o Filho de Deus proporciona um dinamismo novo a toda a existência. Quando começamos a ter uma relação pessoal com Ele, Cristo nos revela nossa identidade e, com sua amizade, a vida cresce e se realiza em plenitude", afirma o Papa aos jovens.

"Queridos jovens, aprendei a ‘ver', a ‘encontrar' Jesus na Eucaristia, na qual Ele está presente e perto até entregar-se como alimento para o nosso caminho; no sacramento da Penitência, no qual o Senhor manifesta sua misericórdia, oferecendo-nos sempre seu perdão. Reconhecei e servi Jesus também nos pobres e doentes, nos irmãos que estão em dificuldade e precisam de ajuda", conclui.

Fonte: Zenit.org

Brasil deve ter a maior delegação no Congresso Vocacional


Brasil deve ter a maior delegação no Congresso Vocacional Latino-americano.

O secretário do Departamento de Vocações e Ministérios (DEVYM) do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), padre Alexis Rodriguez, aproveitou o espaço do 3º Congresso Vocacional, em Itaici (SP), para falar do mesmo Congresso que acontecerá pela segunda vez em nível latino-americano em Costa Rica. “Queremos que o Brasil tenha uma representação muito numerosa com 30 ou 40 pessoas em nosso Congresso”, disse o secretário, aplaudido pelos congressistas.

O Congresso latino-americano será nos dias 31 de janeiro a 5 de fevereiro de 2011 e a expectativa é de que reúna 400 pessoas. Tem como tema “Mestre, pela tua palavra lançarei as redes” e como lema “Chamados a lançar as redes para alcançar ávida plena em Cristo”.

“O objetivo do Congresso Latino-americano é fortalecer a cultura vocacional para que os batizados assumam seu chamado de ser discípulos missionários de acordo com a realidade da América Latina e Caribe”, explica padre Alexis.

Alexis-CVBSão convidados para o evento de Costa Rica os bispos presidentes das Comissões para as Vocações de cada país da América Latina e Caribe, bem como seus secretários executivos além de dois agentes da pastoral vocacional, um da pastoral da juventude, um da pastoral da educação, um da catequese, um da pastoral familiar, dois da Vida Consagrada, um dos Institutos Seculares, um diácono permanente, um da Organização dos Seminários e Institutos Teológicos e Filosóficos do Brasil (OSIB). Para o Brasil, haverá, ainda, uma vaga para cada um dos 17 Regionais da CNBB.

Padre Alexis explicou o cartaz do Congresso que traz o mapa da América Latina e Caribe. Ele chamou a atenção para os detalhes da cor verde, para a cruz e para a base do desenho. Segundo explicou, o verde é para lembrar que a América Latina é o continente da esperança e do amor. Já a cruz, segundo padre Alexis, é aberta em sua base para que “somos chamados a completar a obra de Jesus”. O mapa tem, em sua base, o formato de um pé. “Isso significa que todos temos que nos colocar a caminho”, disse o secretário do DEVYM.

Fonte: CNBB.org.br

Celebração de envio encerra o 3º Congresso Vocacional


O entusiasmo e a alegria marcaram o encerramento do 3º Congresso Vocacional do Brasil, realizado pela CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada. O encontro começou na sexta-feira, 3, na Casa de Retiros Vila Kostka, em Itaci, município de Indaiatuba (SP).

“Pudemos experimentar de novo como Deus vem ao encontro de cada um de nós. Se somos amados, se a medida de Deus é transbordante com cada um de nós, como não corresponder a este amor?”, disse o presidente do Congresso, dom Leonardo Ulrich Steiner na cerimônia de envio que marcou o encerramento do evento.

“Partimos daqui rendendo graças por que fomos cumulados da graça de Deus. Quando cada um de nós se sentir um discípulo missionário a serviço das vocações estamos enriquecendo nossa igreja da presença do crucificado-ressuscitado”, acrescentou o bispo. “Onde há transparência da bondade do amor de Deus não faltam vocações. Neste tempo de luzes e sombras, talvez falte a percepção de como somos amados”,

Participaram do Congresso 386 animadores vocacionais, sendo 75 leigos e leigas, 122 religiosas, 2 freis, 12 diáconos, 159 padres e 16 bispos. Os congressistas aprovaram, na manhã de hoje, um documento que será divulgado brevemente pela Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB.

O documento tem uma estrutura simples e faz uma síntese das três conferências feitas pelos assessores, além de sugestões dos congressistas para o Serviço de Animação Vocacional e Pastoral Vocacional (SAV/PAV).

Fonte: CNBB.org.br

A Santa Missa



As duas partes que constituem, de algum modo, a Missa, isto é, a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística, estão tão intimamente ligadas entre si, formando um só ato de culto. Ninguém deve aproximar-se da mesa do Pão do Senhor, senão depois de ter estado presente à mesa da Sua Palavra. É da máxima importância, pois, a Sagrada Escritura na celebração da Santa Missa.

A leitura da perícope evangélica é reservada ao ministro ordenado, ou seja, ao diácono ou ao sacerdote. As outras leituras, quando for possível, sejam confiadas a quem tenha recebido o ministério de leitor ou a outros leigos, preparados espiritual e tecnicamente. À primeira leitura segue-se um Salmo responsorial, que faz parte integrante da Liturgia da Palavra.

A homilia tem por fim explicar aos fiéis a Palavra de Deus, proclamada nas leituras, e atualizar a mensagem dela. Compete, portanto, ao sacerdote ou ao diácono fazê-la [homilia].

A proclamação da Oração Eucarística que, por sua natureza, é como que o ponto culminante de toda a celebração, é reservada ao sacerdote, em virtude de sua ordenação. É um abuso, portanto, deixar que algumas partes da referida oração sejam ditas pelo diácono ou por um ministro inferior ou pelos simples fiéis. No entanto, a assembleia não fica passiva e inerte: une-se ao sacerdote na fé e no silêncio e manifesta a sua adesão com as várias intervenções previstas no desenrolar da

Oração Eucarística: as respostas ao diálogo do prefácio, o Sanctus, a aclamação depois da consagração e o Amém final, depois do “Por Cristo”, que também é reservado ao sacerdote. Este Amém final, em particular, deveria ser valorizado com o canto, porque é o Amém mais importante de toda a Missa.

Modificar as Orações Eucarísticas aprovadas pela Igreja ou adotar outras diversas, de composição privada, é abuso gravíssimo.

A comunhão Eucarística é um dom do Senhor, que é dado aos fiéis por intermédio do ministro deputado para isso. Não se admite que os fiéis, por intermédio do ministro deputado para isso. Não se admite que os fiéis tomem eles próprios o Pão Consagrado e o Cálice Sagrado, e muito menos se admite que os fiéis os passem uns aos outros.

O fiel religioso ou leigo, que está devidamente autorizado como ministro extraordinário da Eucaristia, poderá distribuir a Comunhão somente quando faltarem o sacerdote, ou diácono ou o acólito, ou quando o sacerdote estiver impedido por motivo de enfermidade ou por causa da idade avançada, ou quando o número de fiéis que se aproximam da Comunhão for tão grande que faça demorar excessivamente a celebração da Santa Missa.

Recomenda-se aos fiéis que não se descuidem, depois da Comunhão, de uma justa e indispensável ação de graças, quer na própria celebração – com alguns momentos de silêncio e um hino, ou um salmo, ou ainda um outro cântico de louvor – quer terminada a Celebração Eucarística, permanecendo possivelmente em oração durante um conveniente espaço de tempo.

Veja também: Música e Liturgia

(Artigo extraído do livro "Os sete sacramentos", Prof. Felipe Aquino)



Recomendações utéis aos fiéis
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor FelipeSite do autor: www.cleofas.com.br

Sua casa será visitada pelos anjos


Acredite: sua casa será visitada pelos anjos. Mais ainda: o anjo da guarda estará muito presente. Você não estará sozinho. Muitas vezes estragamos tudo porque queremos fazer as coisas por nós mesmos. É preciso que aconteça radicalmente o contrário.

Ore, peça, interceda e tenha certeza de que o próprio Senhor vai fazer com que o anjo da guarda de cada pessoa da sua família entre em ação para trazer a paz, a concórdia, a libertação e a saúde de que precisam.

Quanto à educação de seus filhos, confie-os ao anjo da guarda de cada um deles; peça a esse ser celeste que lhe dê sabedoria para educá-los, e ele irá derramá-la em sua mente e em seu coração. E também vai corrigi-lo em coisas que você não deve fazer. Se você ouvir e obedecer, obterá a sabedoria de que precisa para educá-los.

Deus abençoe você!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Orar em tempos difíceis




Ó Deus criador do céu e da terra, que nos destes a vida, o ar, a água, o sol, o chão e nos fizestes a sua imagem e semelhança, diante de Ti Criador e Pai, venho prostrar-me humildemente e dizer: sou Teu filho criado para crescer, povoar e aperfeiçoar a terra, peço perdão porque até hoje só soube usufruir dos bens que me destes.

A terra está seca, as plantas estão murchando, o ar está poluído, a água está contaminada. Senhor tudo está mudado. Já não existem mais as estações climáticas. Não sei como resistir ao calor e ao frio. Não sei quando virá a chuva abundante.

Tudo ao nosso redor parece caminhar para a destruição. O meu desejo seria começar tudo de novo, mas é impossível. Neste instante Te peço que envie a água da vida, para restaurar a natureza e o meu coração de pedra. Lembro Senhor do que dissestes: "Tu serás feliz se obedeceres aos meus mandamentos!"

Senhor, perdão pela minha desobediência, pela minha falta de amor à natureza tão abundante e fértil. Sei que tudo foi criado por amor, também eu. Porém ainda não aprendi a amar, nem a mim, quanto mais às coisas que criastes. Sei que ainda estou longe da Tua vontade, do Teu projeto de vida.

Senhor, sinto que os meus amigos, meus companheiros de caminhada estão tomando outros caminhos. Muitas vezes me vejo sozinho e me vem o desânimo, a vontade de dizer: está tudo perdido. Muitas vezes sinto-me impotente diante dos problemas que se avolumam a cada dia. Tenho a impressão de que a vida não vale nada.

A natureza morre, as coisas morrem, os homens matam-se, tudo parece falar de destruição. Esses sentimentos invadem frequentemente a minha alma.

Restaura Senhor, o valor da vida no meu coração e daqueles que comigo caminham. Senhor, venho humildemente Te pedir, tire esta visão negativa do meu coração, a faste para longe o pessimismo e faça com que eu seja mais corajoso.

Ajuda-me a superar a mim mesmo e aos meus limites humanos e assim olhar o mundo como Tu o vê. Ilumina Senhor, com Teu Espírito a minha mente e o meu coração a fim de que eu possa ser um sinal concreto do teu amor. Dá-me Senhor o entusiasmo para ir além dos obstáculos e dificuldades que me rodeiam.

Aumentai a minha fé, a fim de transpor as montanhas da destruição da vida, principalmente de milhares de jovens que sem sentido buscam a felicidade sem limites. Quero ser um instrumento de amor e de esperança, para dar um novo sabor à vida, quero ser luz para iluminar as trevas da morte, quero ser cada vez mais seu filho para ser digno de chamar-te de meu Pai.

Senhor, nestes tempos difíceis, peço-lhe ainda o dom do discernimento para poder escolher sob a Tua luz, os candidatos aos cargos públicos, como dirigentes de nosso país. Às vezes penso que poucos são dign os de confiança, porém preciso escolher, não posso furtar-me desta oportunidade de exercer a minha responsabilidade como cidadão brasileiro.

Senhor, nas vésperas de celebrar o dia da pátria, o Dia da Independência, olhai com amor paterno todos os teus filhos e filhas espalhados nos mais recônditos lugares deste país continental.

O Brasil nasceu aos pés da Tua cruz. Firmai o meu passo e o de todos nós brasileiros, como discípulos que queremos ser, seguindo-te como Caminho, Verdade e Vida. Ó Maria Mãe Aparecida, Rainha e Padroeira desta Pátria amada, ajudai-nos a "fazer tudo o que Teu filho disser", neste tempo e momento difíceis que vivemos. Amém.

Dom Anuar Battisti

Mês da bíblia


Iniciamos o mês de setembro, temático mês da Bíblia, que neste ano sugere para a reflexão nacional o livro de Jonas e nos recorda o envio de todos nós para evangelizar a grande cidade. No próximo dia 30, celebraremos a memória de São Jerônimo, presbítero e Doutor da Igreja, que teve o grande mérito de produzir uma tradução das línguas originais da Bíblia para o latim, a assim chamada Vulgata. São Jerônimo assim o fez para popularizar o texto da Escritura Sagrada. Isso possibilitou, sem dúvida, outras traduções e mais facilidade para o seu estudo e aprofundamento.

Por essa razão, a Igreja deseja, neste mês, recordar a importância da Bíblia, Palavra de Deus revelada, que é um dos textos mais importantes do mundo humanamente falando e, para nós cristãos, é a luz que conduz nossos passos. Suas inúmeras traduções para os mais diversos idiomas e dialetos são enormes. A sua difusão e estudo nos mais diversos países e culturas demonstra a sua força de comunicação.

Para nós, católicos apostólicos romanos, Cristo é o Verbo, a Palavra de Deus que se fez carne e veio habitar entre nós. A Sagrada Escritura e a Tradição nos fazem uma promessa de vida humanizada na pessoa de Jesus. Precisamos desta Palavra de Salvação, pois não podemos viver plenamente sem conhecer verdadeiramente a Deus.

A Bíblia é a revelação de Deus numa linguagem humana e compreensível para todos, através de séculos. Muito embora tenha sido escrita durante longos períodos não contínuos ela apresenta-se como uma unidade perfeita. E também entre seus diversos autores, mesmo que não tenham se conhecido, existe uma harmonia e coerência iluminadas pelo Espírito Santo, o autor principal da Bíblia.

Ela contém diversas formas literárias, história, biografias, poemas, provérbios, frases, cartas, leis, instruções e outras inúmeras manifestações literárias do ser humano. Escreveram com a cultura humana, porém inspirados por Deus.

Devemos nos perguntar sobre a importância da leitura e do estudo da Bíblia hoje. Ela nos traz respostas para inúmeras perguntas que o ser humano se faz, como: qual o sentido da vida? Como faço para alcançar a felicidade? Por que é tão difícil ser bom? Por que há tanto mal no mundo? Ela nos traz a história da nossa salvação!

Em suas páginas e livros encontramos os caminhos para as respostas a todas essas indagações, que são absolutamente naturais em nossa vida. Em suas páginas podemos encontrar essa fidelidade do Senhor, que nos traz alívio para o inconstante da vida hodierna, a futilidade que querem impor na vida do ser humano.

É essencial que saibamos, pois, reconhecer a vontade de Deus sobre nossa existência. A proposta do texto sagrado e interpretado pelo magistério da Igreja é justamente essa: explicitar a vontade Deus sobre o homem.

O Concílio Ecumênico Vaticano II indica-nos alguns critérios sempre válidos para uma interpretação da Sagrada Escritura conforme o Espírito que a inspirou. Antes de tudo é preciso prestar grande atenção ao conteúdo e à unidade de toda a Escritura, pois, por muito diferentes que sejam os livros que a compõem, a Sagrada Escritura é una em virtude da unidade do desígnio de Deus, do qual Cristo Jesus é o centro e o coração (cf. Lc 24, 25-27; Lc 24, 44-46). É também necessário ler a Escritura no contexto da tradição viva de toda a Igreja. Segundo Orígenes, "a Sagrada Escritura é escrita no coração da Igreja antes do que em instrumentos materiais". De fato, a Igreja leva na sua Tradição a memória viva da Palavra de Deus, e é o Espírito Santo que lhe dá a interpretação da mesma segundo o sentido espiritual (cf. Orígenes, Homiliae in Leviticum, 5, 5). Ainda mais um critério: é necessário prestar atenção à analogia da fé, ou seja, à unidade de cada uma das verdades da fé entre elas e com o plano integral da Revelação e a plenitude da divina economia nele encerrada.

Existe uma unidade inseparável entre Sagrada Escritura e Tradição, porque ambas provêm de uma mesma fonte: A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura relacionam-se e comunicam-se intimamente entre si; porque, surgindo ambas da mesma fonte, de certo modo se fundem e tendem para o mesmo fim. Com efeito, a Sagrada Escritura contém a Palavra de Deus enquanto consignada por escrito sob a inspiração do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por seu lado, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a Palavra de Deus, confiada aos Apóstolos por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo, para que, com a luz do Espírito da Verdade, a guardem, exponham e difundam fielmente na sua pregação, donde se segue que a Igreja não tira somente de um livro a certeza de todas as coisas reveladas. Por isso, se devem receber e venerar ambas com igual afeto de piedade e reverência (cfr. Dei Verbum, 9).

Devemos deixar evidente e claro que é no contexto eclesial onde se permite que a Sagrada Escritura seja compreendida como autêntica Palavra de Deus, que se torna guia, norma e regra para a vida da Igreja e o crescimento espiritual dos fiéis batizados.

Convido a todos para que o centro de nossa adesão à Trindade passe pela valorização da “lectio divina”, aqui no Brasil chamada de “leitura orante” da Sagrada Escritura. Devemos, primeiro, ouvi-la. Mas ouvir não basta, é preciso meditar, isto é, assimilar. Encontraremos muitas dificuldades, mas rezem para compreender, como exorta Santo Agostinho (De Doctr. christ. 3, 56; em: PL, 34, 89), porque, procurando o auxílio dos exegetas, guiados pela Igreja Católica, as dificuldades tornar-se-ão estímulo para uma compreensão maior, levando, posteriormente, a uma união mais íntima com a Palavra de Deus.

Ao redor do feriado passado todos os grupos dos círculos bíblicos se reuniram por vicariato para se animarem a continuar buscando nessa fonte o alimento e inspiração para serem discípulos missionários! Que o mês da Bíblia nos ensine a rezar e meditar bem a Palavra Revelada de Deus, e consequentemente, à luz do Espírito Santo, colocá-la em prática!

Dom Orani João Tempesta

Amor e Perdão


As duas palavras do título, amor e perdão, estão envolvidas com o termo “misericórdia”, que ultrapassa os limites dos seres humanos. Quem ama consegue perdoar e mudar nas suas atitudes de vida, na forma de acolher e conviver com as pessoas de sua relação.

Não é fácil uma história marcada por incompreensões, gestos de escravidão, sem liberdade e vazio de solidariedade. Só o amor e o perdão serão capazes de criar formas novas e saudáveis na convivência, dando sentido e perspectivas de esperança para uma comunidade.

O termo “conversão” ocasiona um coração novo e recria valores capazes para superar todo tipo de egoísmo e de fechamento individualista. Não consegue viver bem quem não enxerga os comportamentos misericordiosos de perdão e as virtudes de vida e amor nos outros.

Estar em comunhão com as pessoas é um fato louvável de superação dos limites da própria individualidade. Apesar do nosso próprio jeito de ser, somos seres sociais e abertos para relacionamentos fraternos para ajudar na convivência.

A incapacidade para perdoar e amar é fonte de incompreensões e tristeza. Isto revela mesquinhez do amor humano e um coração totalmente abafado pelo egoísmo e fechado para a ação do Espírito misericordioso. É total prática insensibilidade para com a graça de Deus.

Corremos o risco da busca de uma falsa felicidade, caindo no vazio e na perda de dignidade. É idolatrar coisas falsas, bens de consumo e desprezar o que é mais fundamental e gerador de verdadeira felicidade, que passa pelo perdão e pelo amor.

Nem sempre merecemos o perdão de Deus, mas experimentamos a sua bondade quando temos um coração arrependido e aberto para Ele e para o irmão. Longe de Deus não existe verdadeira alegria, porque isto significa estar longe de nós mesmos.

Na visão cristã, o amor é mais forte do que a morte. Por isto falamos da festa do perdão e da misericórdia, termos pouco levados em conta pela nova cultura. Só assim podemos partilhar uma mesma esperança de dias melhores e menos violentos.

Dom Paulo Mendes Peixoto

O valor da Bíblia em nossa vida


As vozes dos bispos em Aparecida assim nos dizem: “Encontramos Jesus na Sagrada Escritura, lida na Igreja. A Sagrada Escritura, “Palavra de Deus escrita por inspiração do Espírito Santo”140, é, com a Tradição, fonte de vida para a Igreja e alma de sua ação evangelizadora. Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Daí o convite de Bento XVI: “Ao iniciar a nova etapa que a Igreja missionária da América Latina e do Caribe se dispõe a empreender, a partir desta V Conferência em Aparecida, é condição indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus, Por isto, é necessário educar o povo na leitura e na meditação da palavra: que ela se converta em seu alimento para que, por experiência própria, vejam que as palavras de Jesus são espírito e vida (cf. Jo 6,63). Do contrário, como vão anunciar uma mensagem cujo conteúdo e espírito não conhecem profundamente? É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda nossa vida na rocha da Palavra de Deus” (Aparecida, 247).

A Bíblia não é um livro, mas sim uma biblioteca. A Biblioteca mais importante do mundo. Uma biblioteca que contém 73 livros, dos quais 46 são do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Os assuntos de cada livro não se referem à história, à ciência, à filosofia... mas cada livro, enquanto redigido sob a moção do Espírito Santo, é uma mensagem viva de Deus Pai para nós seus filhos muito amados. Tudo ali tem sentido para a nossa vida no contexto histórico, social e religioso em que vivemos. Por isso, quando nos colocamos diante de um texto bíblico tenhamos atitudes de muito amor e reverência. É Deus que nos está falando. E sua Palavra é eterna, ela permanece para sempre. Ela é, conforme o Salmo 118,105, “um facho de luz iluminando nosso caminho”.

A Palavra da Bíblia, que é “força de Deus para a salvação de todos os que crêem, manifesta seu vigor de modo eminente nos escritos do Novo Testamento” (DV 17). “Estes escritos nos fornecem a verdade definitiva da Revelação divina. Seu objeto central é Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado, seus atos, ensinamentos, paixão e glorificação, assim como os inícios de sua Igreja sob a ação do Espírito Santo” (DV 20).

Não existe nenhuma doutrina que seja melhor, mais preciosa e mais esplêndida que o texto do Evangelho. Aí contemplamos o que o nosso Mestre, Cristo Jesus, ensinou com suas palavras e realizou com seus atos (Cf. Catch. R. 127).

“Os Evangelhos são o coração de todas as Escrituras, ‘uma vez que constituem o principal testemunho da vida e da doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador’ (Catch. R. 125). Daí, a importância de o conhecermos através da leitura assídua e meditação destes textos sagrados que estão à nossa disposição para nosso enriquecimento espiritual. Aliás, “a leitura da Sagrada Escritura, como também a oração da Liturgia das Horas e do Pai-Nosso e todo ato sincero de culto ou de piedade, reaviva em nós o espírito de conversão e de penitência e contribui para o perdão dos pecados” (Catch. R., 1437), motivando-nos para um engajamento na comunidade eclesial, concretamente falando, na comunidade paroquial.

Constantemente, por diversos meios, a Igreja nos exorta a todos, fiéis cristãos, a que, pela freqüente leitura das divinas Escrituras, aprendamos “a eminente ciência de Jesus Cristo” contida, particularmente, nos santos Evangelhos (Cf. Catch. R. 133). Segundo a Dei Verbum, nº 25, lembremo-nos, de que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada pela oração, pois, dessa forma se realiza em nosso interior um verdadeiro diálogo de Deus conosco, pois “a Ele falamos quando rezamos; a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos" (S. Agostinho). Portanto, assim como reservamos tempo para nos alimentar, dormir, trabalhar, estudar, assim também reservemos um tempo, que será precioso, para a leitura e meditação da Palavra de Deus na Bíblia. Que o mês de setembro, dedicado especialmente à Bíblia Sagrada, incentive-nos a cultivar o bom e santo hábito de lermos e meditarmos os textos bíblicos todos os dias.

Citando o documento Dei Verbum, o Catecismo da Igreja nos diz que o poder e a eficácia da Palavra de Deus é tão grande que ela constitui sustentáculo e vigor para nossa Igreja, e, para nós, seus filhos; na medida em que a lemos e a acolhemos como fez Maria, a Mãe de Jesus, a Palavra se torna firmeza da fé, alimento da alma, pura e perene fonte da vida espiritual e nos incentiva a nos comprometermos profunda e concretamente com o Reino de Deus.

Que em cada momento reservado para esse exercício espiritual, possamos contar com a ajuda de Nossa Senhora, que tão bem soube acolher e vivenciar a Palavra de Deus em sua vida. Na verdade, ela gestou o Verbo de Deus em seu ventre virginal e nos proporcionou a graça de o termos entre nós como um de nós, para que assim nos tornássemos como ele, verdadeiros filhos de Deus.

Amados irmãos e irmãs, o meu desejo é que todos possamos manusear mais e melhor a Bíblia Sagrada para nosso crescimento espiritual e para uma vida católica mais comprometida. Iluminados pela Palavra sigamos nosso caminho de discípulos missionários para que o mundo creia e tenha vida.

Deus abençoe a todos.

Dom Celso Antônio Marchiori

Bento XVI escreve mensagem para a Jornada Mundial da Juventude


Na manhã desta sexta-feira, 3, a Sala de Imprensa da Santa Sé publicou a mensagem do papa Bento XVI para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá em Madri, entre os dias 6 e 21 de agosto do próximo ano. O tema da jornada mundial é "Arraigados e edificados em Cristo, firmes na fé".

“Gostaria que todos os jovens tanto os que partilham a nossa fé em Jesus Cristo quanto os que hesitam, estão em dúvidas ou não acreditam Nele, a viverem esta experiência que pode ser decisiva para a vida: a experiência do Senhor Jesus ressuscitado e vivo e de seu amor por cada um de nós", frisa o papa na mensagem.

No texto, o pontífice faz um convite aos jovens para este importante evento para a Igreja na Europa e toda a Igreja Católica no mundo. "Muitos manifestam o desejo de construir relações autênticas de amizade, de conhecer o verdadeiro amor, fundar uma família unida, atingir uma estabilidade pessoal e uma real segurança que possa garantir um futuro sereno e feliz", disse em outro trecho da mensagem.

O evento, para Bento XVI, é um ponto de referência para a juventude da atualidade. Ele diz que muitos jovens não têm uma referência e por isso são “inseguros”. "Vocês são o futuro da sociedade e da Igreja. É fundamental ter raízes, bases sólidas [...]”, sublinhou Bento XVI.

O pontífice encerra a mensagem ressaltando os jovens têm o direito de receber das gerações passadas pontos firmes de referência a fim de que possam fazer escolhas e construir a própria vida, como uma planta jovem que precisa de uma sólida base para que cresçam suas raízes, e se tornar no futuro, uma árvore robusta, capaz de dar fruto.

Leia a íntegra da mensagem em espanhol

Fonte: CNBB